Na Câmara dos Lordes, a que pertence pelo nascimento, pronuncia vários discursos que levantam grande escândalo e lhe valem fama de perigoso extremista. Em pouco tempo (1813-16) publica uma série de contos orientais que aumentam a sua celebridade (The Giaour, The Bride of Abydos, The Corsair, Lara, etc.). Neles se anunciam os seus dotes narrativos, de imediato confirmados noutras obras. Em 1815 casa-se e pouco tempo depois é abandonado pela mulher. O escândalo que suscita este facto e os murmúrios sobre certas relações incestuosas com a irmã fazem-no perder o favor da classe alta londrina. Viaja por Itália e em Veneza, durante anos, leva uma vida caracterizada pelo escândalo e o abuso do álcool. É a época de Beppo, poema burlesco e ao mesmo tempo conto licencioso inspirado em Boccaccio. Entre 1818 e 1824 escreve Don Juan, obra satírica incompleta de tom burlesco. Cerca de 1820 prossegue a sua actividade política em Itália, afrontando os interesses ingleses. Em 1822, Byron publica uma nova peça do seu génio satírico, The Vision of Judgement, violento ataque contra o poeta romântico Southey.
Em 1823 une-se com ardor à luta dos Gregos pela sua independência contra os Turcos. Três meses depois morre, de umas febres, em Missolongui. Tem trinta e seis anos, vividos com a mesma paixão e exaltação que põe na sua poesia.
A obra poética de Byron tem duas etapas claramente delimitadas: antes de 1816 e depois desta data. A primeira etapa é claramente romântica, e a sua obra mais característica é Childe Harold’s Pilgrimage. Os elementos dominantes são o sentimento e os lugares-comuns do romantismo. Na segunda etapa, a produção literária de Byron consiste, principalmente, em poemas burlescos. O mais notável de todos é Don Juan, poema herói-cómico e satírico em que se misturam a sátira e a épica numa estrutura de narrativa picaresca.
Byron é vítima de dramáticas contradições como homem e como poeta. Capaz de expressar-se com o mais delicado dos lirismos, às vezes exalta-se por um cinismo arrogante.
A sua passagem por Portugal é marcada por um infortúnio amoroso causado por um marido ciumento, o que, segundo biógrafos seus, está na origem das depreciativas referências que faz, na sua obra Childe Harold's Pilgrimage, não só a Portugal mas também aos Portugueses.
-Carolina e Bruna -9C
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